A partir do capítulo 25 de Gênesis, a bíblia conta a história de uma mãe chamada Rebeca que estando ainda grávida dos seus filhos gêmeos, ouve de Deus que o mais novo seria senhor sobre o mais velho. Em determinado momento seu marido, Isaque, preparado para abençoar o seu primogênito, decide ignorar essa promessa, juntamente com muitos outros sinais de que o filho mais velho não dava importância devida aos princípios de Deus e de sua família. Usando de engano Rebeca manipula a situação para que o seu filho mais novo fosse abençoado no lugar do mais velho e o resultado não poderia ser mais desastroso.
É uma história bem conhecida de uma mãe imperfeita, e que se olharmos mais de perto vamos nos identificar sejamos mães ou não. Rebeca como mãe tinha a visão geral da situação e se viu obrigada a agir com as suas próprias mãos em favor do filho mais novo. Essa decisão de Rebeca impactou negativamente no futuro de seu filho Jacó e em toda vida de sua família.
E sabemos que esse é o grande medo que acompanha a vida de toda mãe ou mulher que decidiu cuidar de alguém, o medo de errar. Mas talvez admitir que somos imperfeitas seja o primeiro passo para se evitar o erro e a culpa.
Alguns de nós somos assim, trabalhamos duro, fazemos o for preciso para que tudo esteja sob controle, e não estamos erradas, o problema é que o resultado de tamanho esforço individual muitas vezes é a culpa, porque alguém que faz de tudo por algo, acaba entendendo que se aquilo deu errado foi por culpa dela. Se eu estivesse lá, se eu tivesse feito, se eu não tivesse permitido, se..., se.... É um peso muito grande para se carregar.
Parece-nos que somos capazes de com as nossas próprias forças organizar tudo e dar uma forcinha para Deus, mas isso não acontece. Quando os nossos braços alcançam de um lado, serão incapazes de alcançar o outro, seremos sempre imperfeitos nas nossas tentativas a menos que confiemos em Deus para todo o resto.
O salmo 37. 3 diz: “Confia no Senhor faze o bem.” Precisamos em primeiro lugar confiar que Deus está até mesmo onde não conseguimos ir e então fazermos o melhor que pudermos, com todas as nossas forças.
Parece simples, mas para nós mulheres não é, somos cuidadoras por natureza, queremos cuidar dos filhos, sobrinhos, de todos. Queremos aconselhar, acolher, abraçar. Mas o que eu sempre digo para mim mesma é: “Deus não é só seu pai Ele é pai dos seus filhos”, Ele ama a cada um igual e vai cuidar de cada um como o Pai que Ele é.
Podemos não ser perfeitas, mas com certeza somos a mãe perfeita, a que os nossos filhos precisam. Nossas imperfeições e erros não podem ser avaliados por nós sempre como motivos para que eles fizessem as escolhas que fizeram.
Muitas nos culpamos pelas escolhas que os nossos filhos fazem, como se tivéssemos controle sobre tudo. A verdade é que as pessoas fazem suas escolhas e não podemos fazer muito, mas podemos descansar na verdade de que fizemos o nosso melhor. O que uma mãe pode fazer quanto as escolhas de um filho adulto? Apenas se livrar da culpa, descansar na certeza de que deu o seu melhor e confiar que onde somos imperfeitas temos um Deus amoroso que é sempre perfeito.
Isso vale para todos os relacionamentos, de parentesco, de amizade, não podemos carregar um fardo desses. troque o seu fardo pelo fardo de Jesus, Confie que aquela pessoa que você ama tanto, seja filho seu ou não, está sendo cuidado pelo Senhor.
Pastora Marcela Rosa
Devocional Florescer- IEQ Sede Hortolândia- SP