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O dinheiro é o ídolo que tem o maior número de adoradores neste mundo. Pessoas se casam, divorciam, matam e morrem pelo dinheiro.
No sermão do monte, Jesus disse que não podemos servir a Deus e às riquezas ao mesmo tempo. De todas as pessoas que vieram a Cristo, esse homem é o único que saiu pior do que chegou.
Ele foi amado por Jesus, mas, mesmo assim, desperdiçou a maior oportunidade da sua vida. A despeito do fato de ter vindo à pessoa certa, de ter abordado o tema certo, de ter recebido a resposta certa, ele tomou a decisão errada.
Ele amou mais o dinheiro que a Deus, mais a terra que o céu, mais os prazeres transitórios desta vida do que a salvação da sua alma.
Destacamos vários predicados excelentes desse jovem. Entretanto, todos os atributos que alistamos não puderam preencher o vazio da sua alma.
Rico, porém insatisfeito (10.17-22) Ele era insatisfeito com sua vida espiritual (Mt 19.20). “Que me falta ainda?”. Ele tinha tudo para ser feliz, mas seu coração ainda estava vazio. Na verdade, Deus pôs a eternidade no coração do homem e nada deste mundo pode preencher esse vazio. Seu dinheiro, reputação e liderança não preencheram o vazio da sua alma. Estava cansado da vida que levava. Nada satisfazia aos seus anseios. Ser rico não basta; ser honesto não basta; ser religioso não basta. Nossa alma tem sede de Deus.
Rico, porém enganado (10.17-22).
As virtudes do jovem rico eram apenas aparentes. Ele superestimava suas qualidades. Ele deu a si mesmo nota máxima, mas Jesus tirou sua máscara e revelou-lhe que a avaliação que fazia de si, da salvação, do pecado, da lei e do próprio Jesus eram muito superficiais.
Ele estava enganado a respeito da salvação (10.17). Ele viu a salvação como uma questão de mérito e não como um presente da graça de Deus. Ele perguntou: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (10.17).
Seu desejo de ter a vida eterna era sincero, mas estava enganado quanto à maneira de alcançá-la. Ele queria obter a salvação por obras e não pela graça.
Todas as religiões do mundo ensinam que o homem é salvo pelas suas obras. Na Índia, multidões que desejam a salvação deitam sobre camas de prego ao sol escaldante; balançam-se sobre um fogo baixo; sustentam uma das mãos erguida até se tornar imóvel; fazem longas caminhadas de joelhos.
No Brasil, vemos as romarias, onde pessoas sobem conventos de joelhos e fazem penitência pensando alcançar com isso o favor de Deus.
Rico, porém perdido (10.23-27) Os que confiam na riqueza não podem confiar em Deus (10.23-25). O dinheiro é mais do que uma moeda; é um deus. O dinheiro é o maior dono de escravos do mundo. Ele é um espírito, ele é Mamom. Ninguém pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Ninguém pode servir a Deus e às riquezas.
A confiança em Deus implica no abandono de todos os ídolos. Quem coloca a sua confiança no dinheiro, não pode confiar em Deus para a sua própria salvação. Nossos corações somente têm espaço para uma única devoção e nós só podemos nos entregar para o único Senhor. Jesus não está condenando a riqueza, mas a confiança nela. A raiz de todos os males não é o dinheiro, mas o amor a ele (1Tm 6.10). Há pessoas ricas e piedosas. O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. A questão não é possuir dinheiro, mas ser possuído por ele.
Pobre, porém possuindo tudo (10.28-31)“Então, Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos” (10.28). Seguir a Cristo é o maior projeto da vida. Vale a pena abrir mão de tudo para ganhar a Cristo. Ele é a pérola de grande valor.
Não basta deixar tudo por amor a Cristo, é preciso fazê-lo pela motivação certa. Jesus é claro em sua exigência: “[...] por amor de mim e por amor do evangelho” (10.29). Precisamos fazer a coisa certa com a motivação certa. O objetivo da abnegação não é receber recompensa. Não servimos a Deus por aquilo que Ele dá, mas por quem Ele é (Dn 3.16-18).