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No início do capítulo, Tiago diz sobre as guerras que vivemos e que elas vêm do nosso próprio deleite.
Tiago diz que o nosso verdadeiro problema não está fora de nós, mas dentro de nós ( Mt 15:19-20)
Essas guerras são uma projeção da guerra instalada no nosso próprio peito. Carregamos uma guerra dentro de nós. Desejamos o nosso próprio prazer à custa dos outros (v. 2). Em vez de lutar, devemos orar (v. 2-3).
Mas ele também cita que podemos estar em guerra com Deus!
Provocando uma inimizade entre nós e Deus.
Mas como um crente pode estar em guerra contra Deus? Cultivando amizade com os inimigos de Deus. Tiago cita três inimigos com quem não podemos ter amizade se desejamos viver em paz com Deus.
Tiago fala de tentações que estão fora de nós (o mundo e o diabo) e mundo aqui é a sociedade humana com seus valores, princípios, filosofia, vivendo à parte de Deus. Esse sistema que rege o mundo é anti-Deus. Se o mundo valoriza a riqueza, começamos a valorizar a riqueza também. Se o mundo valoriza o prestígio, começamos a valorizar o prestígio. Temos a tendência de assimilar esses valores do mundo.
Um crente pode tornar-se amigo do mundo gradativamente: Primeiro, sendo amigo do mundo (4:4). Segundo, sendo contaminado pelo mundo (1:27). Terceiro, amando o mundo (1 Jo 2:15-17). Quarto, conformando-se com o mundo (Rm 12:2). O resultado é ser condenado com o mundo (1 Co 11:32).
Amizade com o mundo é uma espécie de adultério espiritual. O crente está casado com Cristo (Rm 7:4) e deve ser fiel a ele. O mundo é inimigo de Deus e ser amigo do mundo é constituir-se em inimigo de Deus.
Tentações que estão dentro de nós (a carne).
A carne é a nossa velha natureza. A carne não é o corpo. O corpo não é pecaminoso. Podemos usar o corpo para glorificar a Deus ou para servir ao pecado. Na conversão recebemos uma nova natureza, mas não perdemos a velha. Ela precisa ser crucificada. Essas duas naturezas estão em conflito (Gl 5:17). É isso que Tiago diz no v. 1.
Há paixões carnais que buscam nos colocar em guerra contra Deus. Devemos fugir dessas paixões.
O mundo está em conflito com o Pai. A carne em luta contra o Espírito e o diabo se opõe ao Filho de Deus.
O pecado predileto do diabo é a vaidade, o orgulho. Ele tenta as pessoas nessa área. Ele tentou Eva e tenta os novos crentes (1 Tm 3:6). Deus quer que dependamos dele enquanto o diabo, quer que dependamos de nós. O diabo gosta de encher a nossa bola. O grande problema da igreja hoje é que temos muitas celebridades e poucos servos. Há tanta vaidade humana que não sobra espaço para a glória de Deus.
4. Como podemos vencer esses três inimigos?
O caminho de uma graça maior – v. 6 – Deus está incansavelmente do nosso lado. Ele sempre nos dá graça suficiente para vencer. Mas a graça de Deus não nos isenta de responsabilidade. Nos versos 7-10 há dez mandamentos para obedecer. A graça não nos isenta da obediência. Quanto mais graça, mais obediência.
Submetendo-nos a Deus (v. 7)
Essa palavra é um termo militar que significa fique no seu próprio posto, ponha-se no seu lugar. Quando um soldado quer se colocar no lugar do general, ele tem grandes problemas. Renda-se incondicionalmente. Ponha todas as áreas da sua vida sob a autoridade de Deus. Por isso, um crente rebelde não pode viver consigo nem com os outros.
Mantendo-nos perto de Deus (v. 8)
Quanto mais perto de Deus ficamos, mais parecidos com Jesus nós nos tornamos. Comunhão com Deus é uma pista de mão dupla. Quando nos chegamos a Deus, ele se chega a nós. Não podemos ter comunhão com Deus e com o pecado ao mesmo tempo.