Nesta mensagem, o PR. Rafael Lemos, com o texto em João, capítulo 11, versículos 1 ao 25, nos traz uma reflexão sobre a morte e ressurreição de Lázaro.O texto acima, nos traz uma das passagens mais poderosas do Novo Testamento. No entanto, ao olharmos mais profundamente para esses versículos, podemos perceber um aspecto que muitas vezes é subestimado: a relação de Jesus com a dor, a paciência e a confiança no plano divino.O tempo e o silêncio de Jesus: Quando Maria e Marta, irmãs de Lázaro, enviam mensagem a Jesus, informando que "aquele a quem amas está doente" (João 11:3), a expectativa delas era de uma ação imediata de Jesus. Elas provavelmente aguardavam que Ele fosse até Lázaro para curá-lo, como havia feito com tantos outros antes. Mas Jesus, ao saber da doença de Lázaro, permanece onde está por dois dias (João 11:6). Esse tempo de espera parece desconcertante, até cruel, especialmente em um momento de sofrimento intenso. No entanto, podemos ver que essa pausa de Jesus não é um ato de indiferença, mas sim parte de um plano mais amplo que visava não apenas a cura física de Lázaro, mas uma revelação profunda sobre quem Ele era e a extensão de Seu poder.Em nossa vida, muitas vezes nos vemos em situações semelhantes, esperando respostas de Deus e não entendendo o silêncio. Mas será que, assim como em João 11, o silêncio de Deus não é um convite para confiar mais plenamente em Sua sabedoria e propósito? O tempo de espera de Jesus foi, na verdade, uma oportunidade para que a manifestação da glória de Deus fosse ainda mais evidente.A dor humana e a compaixão divina: Quando Jesus chega e vê Maria e os judeus chorando, o versículo 35, que é o mais curto da Bíblia, revela a profundidade da Sua compaixão: "Jesus chorou" (João 11:35). Mesmo sabendo que Ele iria ressuscitar Lázaro, Jesus se aproxima da dor humana de forma genuína. Isso nos lembra que, apesar da grandeza divina, Deus não é distante ou indiferente ao sofrimento humano. Ele se importa, Ele sente a dor conosco.A ressurreição como um símbolo de vida nova: Quando Jesus chega ao túmulo de Lázaro e ordena que a pedra seja removida, Marta expressa sua preocupação com o estado de Lázaro, afirmando que ele já cheira mal (João 11:39). Essa afirmação não é apenas uma descrição do estado físico de Lázaro, mas também pode ser vista como um reflexo da nossa própria visão limitada. Muitas vezes, em nossa vida, chegamos a pontos em que sentimos que algo está "morto", que não há mais esperança, que está além de qualquer restauração. Mas Jesus, ao chamar Lázaro de volta à vida, nos ensina que, mesmo em situações onde a morte parece definitiva, a vida de Deus pode fazer uma reviravolta surpreendente.A identidade de Jesus como a ressurreição e a vida: Finalmente, em João 11:25, Jesus faz uma declaração que é central para toda a narrativa e para nossa compreensão cristã: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá". Essa declaração é uma reafirmação de Sua identidade como a fonte da vida eterna, não apenas para o corpo, mas para a alma. Ao dizer essas palavras, Ele não só promete vida após a morte física, mas também uma vida nova e abundante aqui e agora, baseada na fé e no relacionamento com Ele.Conclusão: A história de Lázaro é mais do que um simples milagre de ressurreição; ela é um convite a refletir sobre a maneira como lidamos com a dor, o tempo de espera, o sofrimento, e até mesmo a morte. Através de Lázaro, vemos o poder transformador de Jesus, que não apenas ressuscita os mortos, mas também toca profundamente o sofrimento humano, oferecendo vida, esperança e uma nova perspectiva sobre o que realmente significa viver.Se esta mensagem edificou a sua vida, curta e compartilhe com mais pessoas.Deus te abençoe!