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Ontem os índices americanos fecharam em alta, liderado pelas ações de tecnologia, ao ponto que os rendimentos dos títulos de 10 anos recuavam com as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a inflação não ser uma preocupação e que o banco central dos EUA não estava nem perto de reduzir o apoio à sua economia.

Mas agora pela manhã os índices futuros estão instáveis antes da abertura, com o Nasdaq no negativo, a medida que os rendimentos dos títulos recuperam um pouco das perdas de ontem, também de olho em dados que saíram na China.

Lá na China, o índice de preços ao produtor apresentou em março a sua maior alta desde julho de 2018, devido ao aumento dos custos das commodities. A inflação ao produtor foi de 4,4% em março, na relação com o mesmo período do ano anterior. Acima da pesquisa da Bloomberg, que esperava por uma alta de 3,6%. No mesmo ponto, o índice de preços ao consumidor, que é o mais relevante a analisar o processo inflacionário, subiu 0,4% em março, depois de cair por dois meses consecutivos.

Na Europa, os índices aparecem levemente positivos, mas também instáveis, depois da produção industrial na Alemanha apresentou um recuo inesperado de 1,6%, enquanto economistas projetavam um ganho de 1,5% na base mensal, já que no mês de janeiro já havia recuado 2,0%. Na França a queda da produção industrial foi mais forte, 4,7% em fevereiro na comparação com janeiro.

Por aqui no Brasil, podemos esperar volatilidade nos mercados depois do ministro do STF, Roberto Barroso, mandar o Senado instalar uma CPI para apurar eventuais omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia de Covid. Ressaltando que a função da CPI é de investigar e não tem a competência de julgar. O Senado ainda tem um tempo para formar a sua comissão e ainda pode recorrer à decisão do Supremo. Mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco disse que vai acatar a instalação, mas se posicionou contra, afirmando que o processo se tornará palanque político para 2022. O que vai resultar também em desgastes do governo com o Congresso.

E esses desgastes já começaram agora no projeto de Orçamento para 2021, que ainda não foi sancionado. Apesar do Paulo Guedes afirmar que o conflito entre poderes é ruído da mídia. Ontem o relator da proposta, Marcio Bittar, deu entrevista a CNN e afirmou que sai desgastado do processo porque tudo que está no projeto, a equipe econômica do governo já sabia. Divulguei um trecho da sua fala no canal do telegram e stories do instagram. Certo é que o presidente Bolsonaro teve de intervir nas negociações e se reuniu com o Arthur Lira, presidente da Câmara, na tentativa de desfecho para um aprovação do Orçamento com vetos. Podemos ter o resultado disso tudo hoje.

Na agenda econômica, mais atenção à inflação, com o índice de preços ao produtor nos EUA, podendo trazer mais volatilidade às treasuries, também teremos inflação oficial do brasil no mês de março, que deve apresentar avanço e mais tarde o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falando em evento do InfoMoney e XP.

Uma ótima sexta-feira a todos e continuem se informando pelas demais plataformas:

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