Índices futuros americanos com resultados variados entre si, o Dow Jones bate recorde, enquanto o Nasdaq opera em queda, a medida que os rendimentos das treasuries de 10 anos voltam a subir para o maior nível de 13 meses.
O que faz os títulos mais longos do tesouro americano subirem é a expectativa de uma inflação maior no futuro, motivada pela retomada da economia dos EUA. No atual cenário os investidores observam o rápido avanço da vacinação no país, vacinando 10 milhões de pessoas nos últimos três dias, um número recorde. E também o pacote de investimentos em inffraestrutura no valor de US$ 3 trilhões que será anunciado amanhã pelo presidente Joe Biden.
Na Europa, os índices fecharam em alta ontem e voltam a subir hoje, com menor preocupação de calote que um grande hedge fund deu em alguns bancos ao não pagar sua garantias. Mais cedo, entre os indicadores, a Confiança de Empresas e Consumidores da Zona do Euro em março saiu acima do esperado, em 101 pontos enquanto economistas esperavam 96 pontos.
Na Ásia os índices também fecharam em alta, sem muita novidade. No Japão que pudemos ver as vendas no varejo em fevereiro recuando menos do que o esperado e a taxa de desemprego se mantendo em 2,9%, enquanto os economistas esperavam um avanço para 3%.
Por aqui, o mercado vai tentar entender quais as intenções do Bolsonaro com a reforma ministerial de ontem e se, de alguma maneira, afeta o fiscal, maior preocupação após aprovação do novo orçamento. De mais importante, o ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, deixou o cargo após um forte desgaste, principalmente com parlamentares, para o seu lugar foi colocado alguém não tão ideologico e também pouco conhecido, Carlos Alberto Franco França.
A maior surpresa foi a a demissão do Azevedo e Silva do Ministério da Defesa, escancarando um desgaste do governo com a ala militar. E o meu destaque vai para a Secretaria de Governo, que assume a Deputada Flavia Arruda, muito próxima do presidente da Câmara, Arthur Lira, e que agora será responsável por essa articulação entre governo e parlamentares, que na minha opinião deve melhorar.
Na agenda de indicadores teremos a inflação medida pelo IGP-M, balanço do Governo Central e confiança do consumidor nos EUA.
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