“O amor tudo sofre, ...tudo suporta”. (1Coríntios 13.7)
O amor que temos a Deus e à nossa vocação deve ser capaz de sofrer uma certa quantidade de dor e desapontamento.
A promessa de um fim completo para todo sofrimento para o futuro é repetida várias vezes nas Escrituras para nos dar esperança, fortalecer nossa determinação e nossa capacidade de sofrer e suportar a dor, com a qual profissionais de saúde lidam.
Anos atrás, certo pastor visitou a casa de uma mulher muito enferma, num quadro sem possiblidade de cura.
Ela era uma seguidora fiel de Cristo, disposta a amá-lo, apesar da dor.
Com uma única lágrima derramada de seus olhos, ela disse: “Eu só não sei o quanto mais eu posso aguentar. Isso chegou a um ponto que parece insuportável”.
Ela não estava reclamando ou sendo amarga. Ela estava simplesmente cansada.
Dias depois ela faleceu. E sua dor acabou – para sempre.
Eu me pergunto se eu poderia suportar esse tipo de sofrimento demorado e intenso, sem me tornar alguém amargo e irritado.
Nós amaremos a Deus quando estivermos sofrendo, quando a dor da nossa experiência for tão intensa?
Dor e sofrimento tendem a corroer não apenas o nosso amor, mas também a nossa fé, porque começamos a nos perguntar se Deus nos ama e se Ele é mesmo real.
Voltando para a paciente oncológica citada, poderíamos olhar para sua dor e dizer: “Aqui está uma mulher a quem Deus não amava”.
Ou poderíamos olhar para ela e dizer: “Aqui está uma mulher a quem Deus amava tão profundamente ao ponto de confiar tal dor e sofrimento a ela, sabendo que ela iria suportar”.
Isso é grandeza real. Isso é uma conquista real. Somente na companhia do Senhor é que conseguimos suportar o sofrimento em amor.
É somente quando acreditamos na Palavra de Deus e temos confiança em nosso futuro que podemos sofrer e suportar.
(texto: Pastor Ademir Teixeira de Freitas-Adaptação e locução Pr.Argeu Rocha)