Abrimos nossa 3ª temporada falando de Paulo Barreto, mais conhecido como João do Rio, de Alma encantadora das ruas. 5 de agosto é dia de seu aniversário. Ele foi jornalista, cronista, contista e teatrólogo.
De família pobre, Paulo Barreto ascendeu socialmente, alcançando fama, e o ódio que desperta nos menos talentosos. E por isso foi atacado brutalmente, física e moralmente, pelos desafetos, nas páginas dos principais jornais cariocas.
João do Rio viveu apenas 39 anos, mas sua produção foi fecunda e prolífica, com uma produção vertiginosa nos jornais em que trabalhou escrevendo e até dirigindo a redação, ao tempo em que vivia imerso na boemia reinante do Rio de Janeiro.
Entre fevereiro e abril de 1904, realizou uma série de reportagens intituladas “As religiões no Rio”, que além de seu caráter de "jornalismo investigativo", constituem-se em importantes análises de cunho antropológico e sociológico, especialmente as matérias sobre os cultos africanos na Pequena África. João do Rio foi guiado pelo negro Antônio, com ele percorreu a Cidade Nova, a Gamboa, o Santo Cristo e as cercanias da Praça Tiradentes, à procura dos africanos remanescentes e seus cultos. A série de reportagens despertou tanta curiosidade que João do Rio a publicou em livro, tendo vendido mais de oito mil exemplares em seis anos. A proeza é ainda mais impressionante levando-se em conta o restrito público leitor da época, num país com elevadas taxas de analfabetismo.
Depois disso, João do Rio, aos 23 anos, entra para o seleto grupo que inclui: Olavo Bilac, Artur Azevedo, Euclides da Cunha, Nina Rodrigues, José Veríssimo e Coelho Neto. Em 1908, sai seu terceiro livro: A alma encantadora das ruas, que é possivelmente sua obra mais conhecida.
Comemorando a data de seu nascimento, acabamos de publicar na Amazon, seu livro de contos, Dentro da Noite, que traz alguns dos melhores contos de nossa literatura. Para os interessados em conhecer essa excelente obra vai abaixo o link da publicação:
Dentro da Noite (contos)
João do Rio