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Para o Cristianismo, assim como para a Filosofia, as virtudes são qualidades efetivadas pelo hábito, tendo como base a atuação simultânea da inteligência e da vontade. São as virtudes que regulam os atos humanos, ordenam suas paixões e guiam sua conduta, segundo a razão e a fé.

Entretanto, os teólogos cristãos consideravam as virtudes como uma concessão divina, jamais uma conquista evolutiva do Espírito.

Na visão Espírita, a virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Todas as virtudes têm seu mérito, porque todas são sinais de progresso no caminho do bem. A mais meritória é a que se baseia na mais desinteressada caridade.

Paulo disse: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, porém o maior destes é o amor”

É possível que os estudos sobre a virtude comecem, efetivamente, com Sócrates para o qual a virtude se identificava:

Pelo aspecto da virtude moral, onde o homem sabe discernir o bem e o mal.

Pelo aspecto da virtude funcional, onde o homem possui a capacidade de bem realizar uma tarefa.

Segundo Aristóteles, discípulo de Platão, a virtude seria entendida como uma “pré” disposição ou qualidade inata para o bem, que pode ser adquirida e aperfeiçoada pelo hábito, através da força da vontade. Ensinava também que a repetição dos bons hábitos gerava os bons costumes, daí serem as virtudes tão socialmente valorizadas.

Outros filósofos, surgidos ao longo da história humana, aceitaram parcialmente as ideias de Sócrates, Platão e, em especial, as de Aristóteles. Porém, acrescentaram que a virtude poderia representar também qualquer tipo de habilidade humana e não apenas as relacionadas à moralidade que se destaca independentemente dos resultados que produz. Immanuel Kant, nascido no século XVI, por exemplo, a despeito de ser considerado um dos mais notáveis filósofos da Idade Moderna, não utilizava, em seus ensinos, a palavra virtude como uma qualidade moral, substituindo-a por moralidade.

• A palavra virtude era empregada apenas no sentido de cumprimento do dever porque este poderia ser definido e controlado pela razão.

• A maioria dos teólogos cristãos considerava as virtudes como uma concessão, ou graça, divina.

• Para o pensamento de muitos, a concessão divina estaria apenas em estado embrionária em alguns indivíduos, ou plenamente desenvolvida, em outros.

O importante é sabermos criar em nós o hábito de praticar as virtudes morais. Quando pensarmos nos vícios, como o orgulho a avareza e a ira, podemos praticar as virtudes como a humildade, a caridade e a mansidão.

As virtudes morais nos afastam dos vícios e nos aproximam de Deus.

febnet.org.br/wp-content/uploads/2013/01/Mod-3-Rot-6-Virtudes-conceito-e-classificacao.pdf