A Idade da Razão, publicada em 1945 é a primeira obra da trilogia intitulada por Caminhos da Liberdade, composta sequencialmente, por Sursis de 1947 e Com a morte na Alma de 1949, de Jean Paul Sartre (1905-1980). Sua leitura é essencial para a compreensão do pensamento do autor sobre liberdade e a sua condição inexorável a existência humana. Através de um estudo filosófico-político, pretendemos discutir as questões morais e históricas contextualizadas no enredo literário da obra. Colocando como pontos centrais da pesquisa os conceitos de má-fé e engajamento político que giram em torno, especialmente, das escolhas que o personagem principal, Mathieu Delarue, um professor de filosofia, deve tomar e seu compromisso com o sentido e brevidade da vida, que surge em uma esfera contingencial, mas, que não lhe resta outra escolha a não ser escolher. Concluiremos a resposta, para o “drama existencial” do personagem, que demonstra se responsabilizar apenas consigo, alheio ao outro e ao mundo, com a pergunta, "para que serve a liberdade, se não, para se comprometer com ela?".
Palavras-chave: liberdade; compromisso; má- fé; engajamento;