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A Câmara dos Deputados informou nesta quarta-feira (17) que reativou o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para analisar o caso do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso na noite de terça (16). O conselho está suspenso desde o início da pandemia. Notícia do G1 (http://glo.bo/3u7c0TC) aponta que, em nota, a Mesa Diretora da Casa anunciou uma reunião de líderes marcada para esta quinta (18), às 14h, para tratar da medida cautelar decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenta fechar um acordo com partidos e integrantes do STF para que haja a libertação ou a ida do deputado bolsonarista para a prisão domiciliar. Conforme apurou a Folha de S.Paulo (http://bit.ly/2OEAX8C), a promessa do progressista seria de que Silveira sofreria uma punição na Casa, como afastamento ou até cassação do mandato. O parlamentar foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, após publicar um vídeo em redes sociais no qual faz apologia ao Ato Institucional Nº 5 – principal instrumento de repressão da ditadura militar – e defende o fechamento do STF. Ambas as pautas são inconstitucionais.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, onde o deputado está preso, apoiadores do bolsonarista agrediram um manifestante na porta da sede da Polícia Federal, informou O Globo (http://glo.bo/3avLhs9). O militante Edson Rosa foi ao local segurando uma placa de rua em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março de 2018. Muitos dos agressores vestiam camisetas em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e em favor do fechamento do STF. Durante o período eleitoral de 2018, Silveira ficou conhecido por participar de um ato no qual quebrou a placa criada em homenagem a Marielle.