Os blocos partidários oficializaram as indicações para a composição da CPI da Covid no Senado, confirmando a tendência de uma minoria governista. Segundo a CNN (https://bit.ly/2Qu0LVR), a oposição estaria tentando formar um grupo com sete parlamentares para impedir a influência do Planalto. Pelo desenho proposto pelo G1 https://glo.bo/2RAc9jM), dos 11 integrantes: dois são governistas e dois próximos do Executivo. Outros dois são de oposição e Renan Calheiros (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) formariam um grupo resistente ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Encerra a composição do colegiado, Eduardo Braga (MDB-AM) e Omar Aziz (PSD-AM), ambos, ditos, independentes.
A Folha de S.Paulo (https://bit.ly/3gb2HgR) aponta que existe uma articulação para que Renan Calheiros fique com a relatoria. Entretanto, o presidente da comissão escolhe o responsável pelo relatório final e o governo deseja que o PSD esteja à frente dos trabalhos, indicando assim um relator também afinado com o Palácio do Planalto. O PSD já informou internamente que vai brigar pela presidência, por ser a segunda maior bancada da casa. Normalmente, o comando deste tipo de colegiado é decidido em votação entre os membros.
A iniciativa de criar a CPI aconteceu em cumprimento à decisão monocrática de Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. O Plenário do tribunal confirmou nesta quarta-feira (14) a liminar do ministro. O Globo (https://glo.bo/32duIML) informa que ainda existe uma briga para decidir se os trabalhos começam imediatamente, mesmo que de forma virtual, como defende a oposição, ou apenas quando for possível a realização de reuniões presenciais, como quer o governo.