Falar sobre batom vermelho é resgatar um histórico de atitude disruptiva no universo feminino. Na maquiagem, a cor quebrou diversas barreiras, muitas delas baseadas em simbologias estabelecidas pela sociedade, quando relacionada à vulgaridade e promiscuidade. Usada como sinal de alerta, o vermelho, nos lábios, acabava dando voz às mulheres em momentos da história que seria conveniente mantê-las caladas. Ao longo do tempo, passando por diversos desafios, inclusive em épocas que as fórmulas tinham componentes tóxicos, o batom vermelho se tornou forte aliado feminino, seja nas diversas lutas por igualdade, como vivido no início do século XX pelas sufragistas, quanto como ferramenta de empoderamento baseado na força que a cor carrega – para sedução, autoestima ou coragem. Para o episódio 4 do Beauté à Porter, Renata Brosina recebe a artista e designer Marcela Scheid, conhecida por usar tons de vermelho na sua arte, mas não só. Ela é adepta do batom vermelho, tem mais de 40 versões na sua nécessaire e, acredite, Marcela consegue é ótima em adivinhar o batom que você está usando – e ela pode provar que existem mais de 50 tons da cor.