Foi em 1995 que Hubert de Givenchy, o fundador da Givenchy, abandonou as passarelas da marca criada em 1952. A partir daí, ficou claro que a identidade da casa francesa teria cada vez mais reinterpretações de outros designers, sendo eles Alexander McQueen e John Galliano ainda antes do final da década de 1990. Dois jovens que levaram ousadia para as coleções da grife, que, no passado, vestiu Audrey Hepburn e Jacqueline Kennedy, com modelagens românticas e superfemininas. Ainda em meados dos anos 2000, após o curto comando de Julien MacDonald, Riccardo Tisci assumiu o cargo de direção criativa entre 2005 e 2017 e trouxe uma atitude mais ousada aliada ao streetwear (ele foi um dos primeiros a combinar luxo e elementos urbanos em uma maison francesa). Após a era Tisci, a Givenchy apostou em uma sequência de diretores criativos, primeiro Clare Waight Keller de 2017 a 2020, e, agora, com Matthew Williams que seguem ondas completamente opostas, com Williams entrando em uma linha criativa ainda mais comercial – e, talvez, um tanto mais apelativa? No episódio 34 do Self-Portrait, Renata Brosina e Sylvain Justum discutem o caminho da marca, os perfis de designers que emprestaram seu olhar criativo e, a final, será que a Givenchy está mirando na Balenciaga?