Mc 4,26-34; Parábolas da semente que cresce só e do grão de mostarda.
O cristão não deve temer o fracasso do evangelho pela pobreza de meios ao serviço do mesmo; e menos ainda ceder à tentação de uma eficácia mais aparente que real mediante recursos ricos, técnicas sofisticadas de choque e propaganda avassaladora ao estilo comercial de consumo. Jesus não procedeu assim. Para fundar a sua Igreja ao serviço do Reino, escolheu doze pobres homens, carentes de toda a influência social, incultos na sua maioria, simples pescadores alguns, inclusivamente pecadores como Levi, o publicano. Cristo podia ter atuado fulgurantemente mas não o fez; porque o reino de Deus não necessita de meios espetaculares, mas de servidores humildes, mas fiéis.
Glorificado sejas, Pai Nosso do céu,
porque Cristo inaugurou o teu Reino de amor entre nós
com os meios pobres que tu preferes para as tuas obras,
sem avassalamento, impaciência nem espetacularidade.
Assim nos mostrou que a força interior do Reino
só necessita de servidores pobres e incondicionais.
O próprio Cristo é a semente e o fermento do Reino que,
morrendo no sulco da cruz,
deu origem ao homem e ao mundo novos da ressurreição.
Faz, Senhor, que o teu povo, a Igreja, seja no mundo
o sacramento, gérmen e princípio do teu reinado
até alcançar um dia o Reino consumado na glória.