" Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor
tem compaixão dos que o temem; pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó." ( Sl 103:13-14)
Ser filha é um lugar de proteção e de surpresas. A nossa visão de paternidade é uma visão limitada e muito comparativa. Geralmente, quando se fala em paternidade nossa memória aponta para o nosso gerador biológico; para o pai que tivemos. Nós carregamos um protótipo, uma figura paternal baseada no nosso histórico de afetividade e emoções. Se nossas necessidades físicas, biológicas e emocionais como filhos foram bem supridas, então a imagem paternal que carregamos é positiva. Do contrário, essa imagem fica completamente afetada, e por sua vez alguns gatilhos como desprezo, indiferença e não aceitação a essa figura são acionados. Um filho que sofre a rejeição, por exemplo, desenvolve a auto imagem de ser inferior ou de ter a obrigação de fazer algo para merecer a atenção do pai. Essas áreas vulneráveis nos levam a uma defesa e Deus não consegue ocupar o lugar de Pai em nosso coração. Porém, não há relação alguma entre um pai biológico e o Aba. São essências completamente diferentes! O Aba nunca foi contaminado pelo pecado ou por alguma sombra de variação. Já o pai biológico foi. O pecado deformou, transtornou e transformou todas as virtudes paternas que vieram de Deus em essências caídas. Toda paternidade física precisa ser reconstruída em Deus ! Eu imaginava ter um pai perfeito, mas isso nunca seria possível devido a limitação do pecado. Mas o Aba é a figura de uma paternidade perfeita. É o pai perfeito que eu esperava e Nele eu sou curada. Eu O enxergo ao entardecer quando Ele pinta o céu só para mim. Durante a noite, Ele acende as estrelas para me fazer lembrar que as conhece, as chama pelo nome assim como eu. Ele me vê dormir todos os dias, se alegra com as minhas conquistas e celebra o meu crescimento. Eu sou filha, e ainda que uma paternidade física seja falha, eu não deixarei de acreditar no amor de um Pai que me amou desde a eternidade!