“O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração…” ( Lc 6:45a)
Existem estações de aperfeiçoamento. Estações em que o Pai trabalha de dentro pra fora. Ele nos fere para curar. Uma ostra que não é ferida não produz pérola. Um trigo que não morre, não frutifica. Existem essências sobrenaturais que só nascerão se houver o processo da ferida e da morte. Ninguém deseja viver esses processos, mas os céus reagem de forma contrária as nossas vontades. O Pai sabe fazer nascer das nossas mortes frutos que permanecerão, pérolas que celebrarão a sua glória. O papel do grão de areia em uma ostra é provocar dor, ferir seu corpo indefeso. Quando um grão de areia penetra o interior de uma concha, ela usa suas células para cobrir o grão de areia com camadas e mais camadas até inibir a continuidade da ferida. Ela usa a essência que carrega para proteger sua estrutura. Quando um grão de areia acessar tua fragilidade, use a essência que você carrega. Use a presença do Espírito que reside em você e a partir daí gere tesouros. Trabalhe nos pequenos grãos e grandes tesouros enriquecerão o teu espírito. A continuidade da dor gera o nascimento do fruto, assim como a morte da espiga gera a estabilidade da vida. O que o céu deseja frutificar em mim virá de processos de desconstrução e renúncias, de mortes e cicatrizes. Eu preciso entesourar o meu espírito porque o homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro. Sendo assim, a beleza dos meus tesouros não são gerados dos processos que me confortam, mas dos estágios que me transformam. Não se restringem só ao que eu decido amar, mas se relacionam também ao que eu decido deixar. Cumpra os processos que o Pai estabelecer e os aperfeiçoamentos do teu coração serão vistos pelas muitas pérolas que em você serão construídas.