“Imediatamente um dos serafins voou até onde eu estava trazendo uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz.”(Is 6:6)
O fogo sempre esteve presente em toda a Palavra. Ele fala do símbolo do Espirito que se movia trazendo revestimento, autoridade, mas principalmente purificação. Em Isaías, um “seraph”, um anjo de fogo trouxe uma tenaz com brasa viva do altar e tocou os lábios do profeta. Era chegado o tempo de romper. Era chegado o tempo de carregar a brasa nos lábios. O que queimava no trono deveria queimar na boca do profeta. A mesma essência, a mesma intensidade, o mesmo poder. Isaías havia sido incendiado com chamas novas. Para os químicos, uma chama nova é conhecida também como chama completa; é a chama que tem como “lenha” o oxigênio e sua coloração é azul. Já a chama velha, incompleta, é a chama amarelada; é como a chama de uma vela que solta em seu calor o carbono (um vapor que mancha de preto). Sua combustão é incompleta porque a parafina que funciona como “lenha” não carrega oxigênio necessário para manter sua chama azul, pura. O oxigênio fala da santidade, das renúncias que servirão de lenha para a construção das brasas. É a lenha que define a intensidade e a essência perfeita da chama. Chamas novas e chamas velhas. Brasas puras e brasas estranhas. Processo completo e processo inútil. É tempo de ser incendiado com chamas novas. Ser tocado por brasas que apontarão o fim de um ciclo natural e moverão o início de um novo avivamento. Se é para manifestar, então que eu carregue labaredas puras, brasas azuis, e o efeito desse fogo sobre mim reflita a imagem do Filho e a semelhança perfeita do Trono. Não é sobre intensidade, é sobre permanência. Não é sobre queimar, é sobre essência.