"E ajuntei-os perto do rio que vai a Aava, e ficamos ali acampados três dias. Então atentei para o povo e para os sacerdotes, e não achei ali nenhum dos filhos de Levi."( Ed 8:15)
Esdras estava voltando para Jerusalém, a cidade do governo, da adoração, da liberdade. Era uma caminhada de mais ou menos quatro meses porque retornar ao propósito não é fácil. Não é instantâneo. É preciso se mover e todos os dias caminhar para mais perto do lugar que desejamos acessar. Junto ao rio Aava (v.21), Esdras reúne o povo e ali ele faz uma revista. Aava no hebraico significa "água", mas nesse lugar aonde as águas fluíam, Esdras não encontrou nenhum levita. Havia água, mas não havia quem conectasse céu e terra. As águas de Deus eram correntes, mas não havia odres para transportar essas águas sobre o povo. Esdras estava voltando para Jerusalém, mas voltar ao propósito só faria sentido se houvesse quem manifestasse, quem estivesse disposto a liberar o som do céu. Sem levitas não haveria adoração, não seria possível retornar a Jerusalém, porque adorar nunca foi ritmo, melodia ou harmonia, mas sempre foi essência. Jerusalém era o retorno às origens da gratidão, da essência do Pai, da intimidade. O rio continua correndo, as correntezas continuam impetuosas, então seja um odre e conecte as águas de Deus às botijas da tua Israel. Que tuas águas jorrem dos céus e dos teus lábios fluam canções que façam retornar a Jerusalém os cativos que um dia se desviaram. Aava, lugar de revista, lugar de trazer de volta o som do primeiro amor.