Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento.”(Jo 12:3)
Maria não carregava apenas um frasco. Ela não tinha apenas a estrutura. Ela carregava a essência. Estruturas sem essência não tocam o trono. O frasco de Maria era precioso. Era um vaso de alabastro, mas seu valor estava no que ela preservava dentro: o unguento de nardo puro. Ela carregava a unção que confirmaria o preparo e a cobertura sobre o libertador. Jesus deveria receber a unção do sinédrio, a unção de homens que deveriam cumprir seus propósitos. Eles carregavam seus títulos, mas foi uma mulher improvável que trouxe do seu tesouro a unção que habilitaria o Salvador ao seu propósito. Título não define unção. Faixas não definem presença. O que toca os céus não é baseado no que está fora, mas no que é preservado dentro. O sinédrio, sanhedrim, era a Corte Suprema da lei judaica e existia com a missão de administrar justiça, interpretando e aplicando a Torá. A aplicação da unção deveria vir deles, eles deveriam estabelecer o propósito do Reino, mas naquela cidade, a porção estava sobre Maria. Ela carregava o nardo puro, o cheiro perfeito, a essência que preservava há anos. Era sua oferta, era o que tinha de mais valioso, e uma mulher anônima, com um frasco tão pequeno ungiu o Desejado para a morte; ungiu o corpo de Jesus para o cumprimento de uma promessa. O corpo de Jesus é a igreja, então não importa o seu título, perfume a noiva com a sua essência. Ainda que você se veja como um improvável, quebre o seu vaso, e a unção do Espírito guardada em você habilitará uma geração de filhos dispostos a morrer por um propósito. O que prepara é a essência, o que envia é a unção. Estruturas sem essência nunca perfumarão o corpo e nunca prepararão libertadores. Por isso, manifeste o que você carrega, e o Reino fará do teu perfume um legado de vida, e da tua unção, uma referência eterna para as gerações.