E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues."(At 9:4-5)
Quando estamos de pé e auto confiantes insistimos em caminhar por destinos que nem sempre são apontados pelo céu. Saulo seguia seu próprio destino, mas ao ser derrubado ele ouve o Senhor. Quem ouve o Pai recebe automaticamente um novo roteiro para sua história. Muitas vezes precisamos ser derrubados de nossas convicções para ouvirmos e entendermos o comando de uma nova revelação. Quem caminha por si mesmo precisa voltar para enxergar com clareza o caminho desenhado pelo Pai. Damasco era o limite do retorno, era o limite de uma visão terrena. Até ali a visão de Saulo trazia equilíbrio e impulsionava suas ações, mas a rota do céu foi alinhada e nessa rota o que é humano perde sua estrutura. Eu preciso saber que o chão atrai quem caminha movido por suas próprias convicções. Porém, quando o que é humano cai, o que é eterno se manifesta. Saulo caiu, e na queda, para o céu se abrir, a visão dele foi fechada. A visão que eu construo no natural faz eu me perder, mas a que eu persigo em verdade me faz te conhecer. Na rua chamada Direita, Ananias vai ao encontro de Saulo e sua visão natural é restaurada. Agora, a visão humana se alinhou a visão eterna. Damasco é a rota que desestrutura o meu eu para a construção de uma visão mais excelente. Então, que eu seja derrubada, e no chão fique o que é imperfeito para que eu enxergue o que em mim precisa ser refeito. Se meu destino está contrário ao Teu, então que tua mão me pare, e a visão da tua glória seja a realidade que eu persiga e a voz do teu Espírito seja a única direção que me baste.