“Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo.”( Lc 14:33)
Quando recebemos uma entrega passamos a ser donos e responsáveis por aquilo que adquirimos. Temos o direito de posse e não existe mais restrição de uso para aquele que pagou o preço. Assim aconteceu comigo lá no Calvário. O Pai recebeu o direito de posse, e tudo que eu sou foi entregue a Ele por bom preço. Mais que uma encomenda absurdamente desejada, eu era parte do seu amor. Era um pedacinho Dele que voltava, era o sonho que havia se perdido, era a inspiração que havia se desviado. Por ter pecado no Éden, eu me extraviei e um destino foi carimbado sobre minha história. Nele estava escrito: caos, morte. Mas o sangue carmesim reescreveu o nome REDENÇÃO sobre a inscrição do meu “caos”, e devolveu ao Aba a posse da minha vida. Lendo um livro essa semana eu fui debulhada quando ouvi o Espirito do Pai dizer: “Faz trinta e sete anos que eu espero meu direito de posse sobre você. Trinta e sete anos que você disse sim pra mim, mas eu ainda não sou cem por cento dono de tudo que você é. Você me permite ter tudo de você? Se disser “sim” eu vou entrar como Deus, mas você vai ter que sair porque eu não me misturo com seu “eu”. A glória expõe nosso coração. Foi assim com Isaías. Ele viu o Senhor assentado sobre um trono e a glória revelou seu caráter. Quando acessamos ambientes em Deus Ele apresenta um holocausto. Apresenta o altar, a lenha e você decide se irá morrer pra viver a Sua vida . Só que a vida Dele não irá comunicar com nada que para mim tem valor. Se Ele quiser tocar em minha reputação como fez com Isaías, ou me fazer morar num deserto como João Baptista, Ele fará. Ele terá o governo e eu não terei mais escolha. Não haverá mais volta. Escolhas definirão entregas. Entregas determinarão destinos. Hoje eu preciso escolher. Renúncias te colocarão na brecha, mas será ali, na fenda da Rocha que a dor da entrega não se comparará com a grandeza da Glória. Sem sacrifício não existe posse. Sem posse não existe destino. Sem destino não existe promessa. A renúncia que te rasga gera a promessa que te fundamenta. O cutelo ainda está em minhas mãos, e eu preciso decidir se irei morrer ou morrer.