“Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido. Pelo que também ao Senhor eu o entreguei, por todos os dias que viver; pois ao Senhor foi pedido. E ele adorou ali ao Senhor.” (ISm 1:27-28)
A beleza de uma ostra não está em si mesma, mas está nas pérolas que ela libera. Não está no encanto de sua estrutura, mas está na beleza que ela produz. Pérolas são frutos de um processo de gestação. Quando uma ostra está gerando, ela sabe dos desconfortos que seu corpo enfrentará até que seu tesouro seja formado. Ela é ferida por dentro. Dores nos fazem gerar. Chegam os enjoos, os incômodos para dormir, as alterações de peso e no rompimento da sua própria carne é arrancado dela algo precioso. Sua joia nasceu! Como uma ostra se submete a dor de gerar, assim é a mulher que se entrega a maternidade. Por fora, resiliente ao processo. Por dentro, ferida no propósito. A questão é que maternidade não consiste apenas em gerar para nós, mas sim em liberar para o mundo as riquezas que produzimos. Viver a maternidade é viver a estação da doação. Assim como uma ostra não produz suas joias para si mesma, da mesma forma Joquebede, Ana, Maria e tantas mulheres na Bíblia geraram suas pérolas para enriquecer a criação. Jesus foi a maior pérola gerada e entregue para esse fim. Maria compreendeu que ostra não gera para si, mas gera para a beleza de um propósito. Nesse Dia das Mães, gere suas pérolas, mas não guarde-as com você. Deixe-as ir e celebre, porque para cada estação, corações encontraram nelas o valor que necessitam para serem felizes. Quem gera para o Senhor, entesoura nações!