“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz, para nós, um peso eterno de glória mui excelente;” (2 Co 4:17)
Não são todas as ostras que produzem pérolas, apenas aquelas que foram feridas. Basta um grão de areia para começar a dor no interior da ostra. Por fora uma resistência. Por dentro uma sensibilidade intensa. Mas essa sensibilidade é processo que faz a ostra cobrir com sua essência aquilo que a feriu. O Espirito nos reveste de sua força, mas quando o grão de areia entrar, aquilo que fere deve ser matéria prima para produzir em você tesouros escondidos. A ferida ativa o processo, e o processo gera o propósito. A reação do teu espirito diante da dor deve ser como a geração de uma grande pérola. Você pode até ser machucado, mas a fragilidade de dentro deve ser capaz de produzir os pesos de glória que os céus esperam. É um grão, mas a cobertura do perdão pela essência do Filho fará nascer de você uma glória excelente. Não se trata da dor e sim do que você faz com ela. Não tem a ver com as palavras que você ouviu ou com o que aconteceu na sua história, mas sim com a sua reação diante do que te machucou. Reações segundo a cruz geram vida, mas a passividade segundo a dor gera norte. Se as feridas não forem ressignificadas dentro de você, elas te moverão e serão gatilhos para que teus pés busquem em atalhos de morte a cura para cada uma delas. Ferida aberta, destino paralisado. Ferida fechada, ministério ativado. Que o processo da ferida não te impeça de voar, mas que pela lei do Espírito suas pérolas sejam um memorial que você determine manifestar.