“Depois que o sol se pôs (…)eis que um fogareiro esfumaçante, com uma tocha acesa, passou por entre os pedaços dos animais. Naquele dia o Senhor fez a seguinte aliança com Abrão: “Aos seus descendentes dei esta terra, desde o ribeiro do Egito até o grande rio, o Eufrates…( Gn 15:17-18)
Um coração que ama os céus é capaz de sacrificar o que a Terra não entende, ofertar o que a criação não espera e renunciar o que os homens não compreendem. Para aquele tempo, Isaque era visto como um filho, mas para Abraão era a oferta que morreria por amar ao Eterno. Um coração que carrega a paixão pelo Filho sabe que sacrifícios e renúncias fazem parte da aliança. Um dos requisitos para as partes que se unem em uma aliança de sangue é o presente que devem ofertar entre si. O que um deles pedir, ainda que seja único e valioso, terá que ser entregue. O que é de um passa a ser do outro. O sangue une as partes como um só homem. Deus propôs fazer essa aliança com Abraão e ele disse “SIM”. Agora chegava a escolha do presente e Deus pede Isaque, o único filho da promessa. Deus queria ver, se mais importante para Abraão seria seu filho, ou a aliança que havia feito com Ele. Deus já havia enxergado no coração de Abraão a oferta morta, mas agora, o Pai exporia para as gerações o que Abraão carregava em fidelidade à aliança. E Abraão não titubeou, não duvidou, não negociou. Ele mataria seu filho. Fidelidade e paixão não é aquilo que eu preservo, é o que eu entrego. Não é o que alimento, é o que eu mato. Não é o que amo, mas é o que eu sacrifico. É não ter nada como seu, mas ter tudo como Dele. Abraão sabia que o pedido do Pai fazia parte do pacto da aliança, e este estava pronto para sacrificar seu maior amor para seu Único Amor. A Terra nunca entenderá o significado de um sacrifício, nem o poder de uma paixão revelada na morte de um Isaque estendido no altar. Quando você sacrifica, tua promessa revive. Então estenda teu sacrifício sobre a lenha, e a benção se levantará como estatuto perpétuo sobre teus filhos, e os filhos dos teus filhos.