“Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém. Não me assustam os milhares que me cercam.” (Sl 3:5-6)
Davi era um guerreiro temido. Sua fama havia se espalhado por várias nações vizinhas. Porém, quando ele compõe o salmo três, o grande Davi se encontrava como um fugitivo. Aquele que havia vencido gigantes, agora, estava fugindo de seu filho Absalão e de seus dez milhares. Davi fugia daquele que ele mesmo havia gerado. O que você gera te persegue. O que você frutifica te encontra. Muitas vezes, teus frutos te levarão a sentenças de perdas, roubarão teu trono. Tua semente levará tua coroa e conduzirá teu destino para um vale. O que foi gerado da semente define a permanência do teu governo, e o fruto, a glória sobre tua cabeça. Davi precisou fugir para o Vale de Cedrom para não ser morto pelo fruto de sua semente. Trono não é um estado. Trono é uma condição, e àquilo que eu gerei pode afetar minha posição de autoridade. Davi desce para o vale, desce para uma estação de perseguição e conflitos, mas dali ele olha para o monte Giom, para o lugar aonde a arca do Senhor estava. Do vale ele olha para a presença e a presença o habilitou a compor uma canção: “Tu, Senhor, és o escudo que me protege; és a minha glória e me fazes andar de cabeça erguida. Ao Senhor clamo em alta voz, e do seu santo monte ele me responde.”(v.3-4) Ainda que tua semente te leve do trono ao vale, a Presença te entregará um novo cântico e do monte virá teu socorro. Quando o monte responde tenho paz no vale, e minha cabeça volta a permanecer erguida. Não se aflija por coroas. Coroas são perecíveis, mas a Presença sempre será eterna.