"Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos. ( Is 64:8)
As mãos do Criador são perfeitas em seu propósito. Por elas eu fui construída e tecida conforme o seu projeto. Cada sistema, cada ligamento, cada órgão foi manuseado por Ele. A inspiração do coração do Pai foi tomando forma e seu sopro me fez nascer. Como um vaso, que nas mãos do Oleiro vai se formando lentamente, assim o Pai foi esculpindo a sua imagem em mim. Por dentro e por fora, as mãos do Criador foi estabelecendo uma uniformidade em minha essência. Um vaso para cumprir o seu propósito não basta ser de barro, ele precisa apresentar também uma estrutura uniforme, única e funcional para ser exatamente o que o Oleiro imaginou. Quanto mais a roda gira na olaria, menos imperfeições são vistas na construção. Quanto mais moldado, mais perfeito o vaso vai se tornando. No processo, as mãos do oleiro percorrem toda minha essência. Elas entram dentro de mim, e seus movimentos vão transformando minha estrutura em uma textura menos áspera, menos agressiva. Quanto mais pressão as mãos do Oleiro produzirem dentro do vaso, mais profundo e mais espaço para depósito o vaso vai recebendo. E o Senhor ministrava ao meu coração:
"Quando minhas mãos entram em movimento o que o olho não viu é impresso no vaso. O que o ouvido não ouviu é revelado a ele. O que não subiu ao coração do homem é depositado e confiado dentro de todo aquele que permite ser construído por Mim". Um vaso, O Oleiro, a essência e o propósito. Esse é o ciclo que liga a criatura ao seu Criador e reconecta minha identidade ao destino projetado por Ele. Assim como um filho carrega em si as impressões do seu pai, assim é o vaso que permite em sua construção as digitais do seu Criador. Não basta ser barro, é preciso permitir que o Oleiro desenhe com suas mãos a essência do seu Espírito e a doçura do seu caráter em mim.