"Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.'( Sl 133:3)
O rio Jordão era um rio que nascia no monte Hermom, das suas encostas que degelavam após o inverno. A palavra Hermom significa "santuário", e após nascer do Hermom, o rio Jordão desce até o mar da Galiléia, e a partir daí começa um processo intenso de salinidade cada vez que ele se aproxima do Mar Morto para desaguar. Um rio de águas puras, de águas que nascem do santuário de Deus tem sua essência alterada. Conforme seu curso vai se afastando do lugar Santo ele vai alterando os valores da sua identidade, ao ponto de matar todo o tipo de vida que permanece em seu habitat por conta do progressivo aumento de sal que ele vai absorvendo por se aproximar do Mar Morto. Ele chega no mar da Galiléia com águas doces e a partir daí saliniza. A distância da presença de Deus altera minha identidade e fere meu propósito. Jordão significa "aquele que desce", e não há problemas em descer se a essência permanecer a mesma. O curso da nossa história pode até ter descidas, mas eu não posso resultar onde tem morte. Minhas águas são doces, saíram do santuário de Deus, nasceram da santidade do Trono e eu preciso manter minhas águas puras, gerando vida. Quando eu deixo de produzir vida por conta do sal, automaticamente minha essência foi contaminada, o DNA da minha origem não existe mais e eu adquiri propriedades que matam o que o Espírito gerou em mim. Quando o Jordão passava da Galiléia a partir daí, ele salinizava. A Galiléia foi o cenário que raiou luz. A Galiléia dos gentios. Havia uma promessa de glória a partir dessa cidade. Em Isaías 9:1b diz, “contudo, no futuro cobrirá de glória a Galileia dos gentios, o caminho do mar, o Além do Jordão ". O caminho do mar seria revestido de glória pela presença do Salvador, e assim precisa ser minhas águas. Envolvidas com o Salvador. Se eu continuar descendo, longe da salvação, a próxima etapa será o Mar Morto, um lugar sem chance de reproduzir algo fértil. No Mar Morto não havia vida, assim como tudo que eu tentar produzir longe do santuário e longe da salvação. Embora o Jordão também fosse cenário de milagres, milagres sem presença não traz permanência. Eu posso ser instrumento para produzir milagres sobre uma geração, mas se eu não santificar minhas águas em obediência, os milagres se tornarão experiências passadas e o céu deixará de se manifestar sobre as minhas águas. A ativação das minhas águas dependerão da minha essência conectada ao santuário do meu Deus. Uma fonte que jorra do Trono tem vida em suas águas e a morte nunca será o fim do seu propósito.