Poder entrevistar Lola Lafon na muito querida livraria Culsete, na minha cidade de Setúbal, é um momento que vou recordar de forma muito especial. Ainda para mais, tendo esta conversa por base o livro "A Pequena Comunista que Nunca Sorria", editado pela Antígona no âmbito da coleção Sementes de Dissidência.
Uma história sobre Nadia Comaneci, mas que não é uma biografia, é antes um tratado sobre o escrutínio a que um corpo é sujeito, sobretudo o corpo de uma ginasta que se tornou célebre em criança e cujo normal crescimento é visto como uma traição à imagem idealizada.
Um livro muito original na forma, profundamente feminista, que é também uma viagem a outros tempos e, sobretudo, um exercício de empatia.