Escrever essas linhas foi um ritual sagrado. A maneira de me conectar com a minha avó paterna, Antonia Severina de Oliveira e dizer as coisas que eu aprendi depois do nosso adeus.
Um olhar íntimo e sensível para uma história que ela não pôde me contar, mas depois que também me tornei mulher consegui perceber as dificuldades do caminho e como elas nos atravessam e por tantas vezes nos desumanizam e adoecem.
Eu quero celebrar as conquistas da minha avó, mas também quero fazer um protesto por ela, por mim, por todas nós. Não deveríamos ser obrigadas a ser fortes o tempo todo. Minha avó tinha sensibilidade, dúvidas, fúria, raiva, medo, coragem, angústia, tristeza, AMOR.
Essa carta é uma maneira de ter e dar colo. uma carta de amor verdadeiro que coloca o tempo, a ordem das coisas como coadjuvante.
Fechamos o mês de estreia com essa homenagem e o desejo de que um dia toda mulher tenha o direito de acessar seu próprio universo sem medo.
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Voz da vinheta
Juracy Baptista Arruda (vó materna)
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