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Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento! (Mt 22,37). A discussão sobre qual seria o primeiro dentre os muitos mandamentos das Escrituras era um tema clássico nas escolas rabínicas no tempo de Jesus. Considerado um mestre, Jesus não se esquiva da pergunta que lhe dirigem a respeito: “Qual é o maior mandamento da lei?“ Ele responde de maneira original, unindo amor a Deus e amor ao próximo. Seus discípulos jamais poderão separar esses dois amores, assim como numa árvore não se pode separar a raiz da copa: quanto mais eles amarem a Deus, tanto mais intensificarão o amor aos semelhantes; quanto mais amarem os semelhantes, tanto mais aprofundarão o amor a Deus. Nisso nos é solicitado o maior radicalismo, porque não se pode dar a Deus menos do que tudo: todo o coração, toda a alma, todo o entendimento. Já pensou se Deus tivesse desistido de nós, o que seria de nós? Jesus acredita na nossa mudança, na nossa capacidade de amar e de mudar nossas vidas e assim a vida do nosso próximo! E olha que Ele conhece muito bem os nossos defeitos e mesmo assim confia em nós e nos dá sempre a oportunidade de recomeçar, de tentar mais uma vez! Não é fácil viver de amor e no verdadeiro amor: é sempre mais fácil viver de amores superficiais e passageiros, inconclusivos, e que produzem apenas algum momento de prazer. O amor verdadeiro que usa a linguagem de Cristo e é centrado em Cristo, convida-nos a subir até o cume do Calvário, onde o amor se manifesta como uma oblação, da obediência total à vontade de Deus, como uma resposta consciente de que Deus nos ama e nos ama para dar o seu Filho por nós. Amarás com todo O TEU CORAÇÃO, com toda A TUA ALMA e com todo O TEU ENTENDIMENTO Três vezes Jesus repete o convite à totalidade. Porque o homem ama, mas somente o amor de Deus é pleno e eterno, aquele que é o próprio amor. Repete dois mandamentos antigos e bem conhecidos, mas acrescenta: o segundo é semelhante ao primeiro. Deduz-se com isso que o próximo é semelhante a Deus: esta é a revolução trazida pelo Evangelho! Amar a Deus com todo o coração. Ainda assim o coração deve amar o marido, a esposa, o filho, a filha, o amigo, o vizinho, e até mesmo o inimigo. Deus não rouba o coração de ninguém, ele o multiplica. Não é subtração, mas adição de amor. A novidade do cristianismo não é o mandamento de amar a Deus: amam o seu Deus, muitos homens; fazem isso os místicos de todas as religiões. Mesmo aquele de amar o próximo como a si mesmo já que está presente no Antigo Testamento. A novidade do cristianismo é o amor como aquele AMOR de Cristo. Os homens amam, os cristãos amam ao modo de Jesus. O amor é ele: quando lava os pés dos seus discípulos, quando chora pelo amigo morto, quando se alegra pelo perfume oferecido por Maria Madalena, quando se dirige ao traidor chamando-o de amigo e ora pelos que o matariam, nem mesmo o seu sangue mantém para si mesmo, e recomeça pelos que estavam condenados, e tem a intenção de apagar o próprio conceito de inimigo. Cristo disse: Amai-vos como eu vos amei. Não quando, mas como; não a quantidade, mas o estilo. Amarás... Todo o nosso futuro está em um verbo, apresentado, porém, não como uma liminar, não é um imperativo, mas conjugado no futuro, porque amar é a ação mais interminável, porque vai durar tanto quanto perdurar o tempo e perdurará para toda a eternidade. Não é uma exigência, mas é uma necessidade para a vida, como respirar. O que devo fazer amanhã, Senhor, para estar vivo? Tu amarás. O que farei no mês seguinte ou no próximo ano, e depois, para o meu futuro? Tu amarás. E a humanidade, o seu destino, a sua história? Somente isso: o homem amará.

CRÉDITOS:

FONTE:

https://www.paroquiagloria.org.br/palavra-de-vida-maio-2011-amaras-o-senhor-teu-deus-com-todo-o-teu-coracao-mt-2237/

VINHETA: Vinicius Sousa Lima

IMAGEM:

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TRILHA SONORA: acervo pessoal

Agradecimentos: Apostolado Mundial de Fátima (AMF)

https://worldfatima.com/pt/