Bloco 1.
Ganhador do Oscar de melhor filme internacional na festa da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, "Druk - Mais Uma Rodada", do dinamarquês Thomas Vinterberg, vai ser refilmado nos EUA, pela produtora de Leonardo DiCaprio. A polêmica causada por esse projeto ampliou-se com o anúncio da refilmagem de "Fome de Viver" (1983), de Tony Scott (1944-2012). O Sextou se envereda por essa trilha de controvérsias e faz uma reflexão sobre a arte do remake, de carona na estreia de "Mortal Kombat", numa releitura de James Wan. Esta semana, vale um alô pra turma do Santa Brasaria (96729-5226) e pro Salateria Mix (970462681).
Bloco 2
Mesmo tendo se machucado nas filmagens de “Killers of the Flower Moon”, sua 11ª parceria com o diretor Martin Scorsese, Robert De Niro, hoje com 77 anos, garante que não vai pedir licença dos sets do thriller com ecos de western pilotado pelo mítico cineasta da Easy Rider Generation. Leonardo DiCaprio e Jesse Plemmons estão com ele em cena. Nada parece cansar De Niro que, em 2020, num dos auges da pandemia pelo mundo, tomou as bilheterias dos EUA de assalto com “The War With Grandpa”, cuja receita em circuito beirou US$ 40 milhões. Neste fim de semana, o delicado longa-metragem dirigido por Tim Hill (de “Alvin e os Esquilos”) chega ao Brasil, com a promessa de dar uma movimentada nas salas, sem incorrer em aglomeração. Lançado em solo estadunidense no dia 9 de outubro, essa comédia infantojuvenil, traduzida por aqui como “Em Guerra Com Vovô”, permaneceu meses a fio em circuito, sem arredar o pé dos cinemas: entrava estreia, sai estreia, e ela ficava lá, configurando-se como um fenômeno que os analistas do audiovisual classificam como sleeper. A tradução aqui, “dorminhoco”, disfarça o sentido da expressão: filmes que duram, duram, duram em cartaz e devagar, beeem devagarinho, fazem uma bolada. Sua receita nos Estados Unidos (US$ 21 milhões) foi bem polpuda diante da atual escassez de plateias por lá, sob ecos da pandemia. Septuagenário, o astro de “Touro Indomável” (1980) brinca de fazer graça no papel de um aposentado obrigado a morar com sua família, dividindo o quarto com um neto que detesta cabeças grisalhas.
Bloco 3
Grande promessa da geração ctrl + alt + del nas telas nos anos 2000, apresentado ao cinema brasileiro em 2008, ao conquistar o Prêmio do Júri do Festival do Rio com “Apenas o Fim”, o diretor Matheus Souza soube seguir em frente, sem jamais perder a verve sentimental que o transformou num cineasta autoral quando tinha ainda 20 anos. Na streaminguesfera, hoje, seu nome só faz ferver. De um lado, a ebulição de sua grife se processa sob seu lado roteirista: ele assina com Laura Rissin a colaboração na série “Onde Está Meu Coração”, de George Moura e Sérgio Goldenberg, na Globoplay. Do lado da direção, seu cacife cresce na Amazon Prime, que lança nesta quinta-feira seu novo trabalho como realizador, chamado “Me Sinto Bem Com Você”. Saudades e indigestões relacionadas à pandemia integram o longa-metragem que extrai de Manu Gavassi uma atuação a ser festejada, por sua maturidade e por sua doçura.
Bloco 4.
Tem debate sobre "Introdução à Música do Sangue" (2015), de Luiz Carlos Lacerda, no Estação Virtual, nesta sexta, às 18h.
A Globoplay mostra o lado trágico de Arnoldão Schwarzenegger em "Maggie". A Netflix se prepara para lançar uma série baseada na HQ "Sweet Tooth", mas aquieta nossa necessidade de fantasia com "Highlander". A MUBI ataca de Ken Loach, com "Ventos da Liberdade", Palma de Ouro de 2006, e "Neste Mundo Livre" (2007).
Nos cinemas, "Boa Noite", de Clarice Saliby, é um gol em prol das narrativas documentais brasileiras.