44 – Pátria amada - Poema
Se os ossos ainda estiverem na sepultura,
E um pavio fumegando sobre eles na escuridão,
É sinal de que as brasas estão acessas,
Se remoendo sob as pálpebras do carvão.
E mesmo que os corpos esqueléticos,
Estivessem sem vida após a reza,
E o padre feito à extrema unção,
O povo se levantaria,
Como se fosse um só homem,
Dizendo para o mundo,
Não seremos derrotados,
Pois ainda somos mais que irmãos,
E defenderemos com nossa força,
Os direitos desta grande e amada nação.
À conquista com sangue derramado,
Teve perda de muitas almas,
Com choro e lagrimas de solidão
Que não foram achadas,
No crepúsculo da obscuridade,
Nas veias da perseguição.
Todas estas dores gotejantes,
Foram exprimidas de um soluço amargo,
No interior de uma cela úmida,
E os clamores impregnam os pisos,
Das barbaras prisões.
Áudio, video e letra - Por Edson Peres,
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