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O que é a taxa Selic?
•A taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira;
•Os movimentos da Selic influenciam todas as taxas de juros praticadas no país – sejam as que um banco cobra ao conceder um empréstimo, sejam as que um investidor recebe ao realizar uma aplicação financeira;
•A Selic tem esse nome por conta do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, um sistema administrado pelo Banco Central em que são negociados títulos públicos federais. A taxa média registrada nas operações feitas diariamente nesse sistema equivale à taxa Selic;
•Criado em 1999, ele estabelece o compromisso do país em adotar medidas para manter a inflação dentro de uma faixa fixada periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos ministros e o presidente do Banco Central;
•O objetivo é assegurar a estabilidade da economia e evitar descontroles de preço como os que o país já viveu em décadas passadas, que causam a perda do poder de compra da moeda;
•A meta de inflação no Brasil começou em 8%, com um limite de variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo;
•Caiu ao longo do tempo e permaneceu em 4,5% ao ano por quase 15 anos. Em 2020, a meta era 4% ao ano, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo;
•Significa que a meta é considerada cumprida se a inflação acumulada no ano ficar na faixa de 2,5% a 5,5%;
•Quando a economia está aquecida e os preços começam a subir a ponto de minar a meta de inflação, a Selic é elevada;
•Com juros mais altos, fica mais caro tomar crédito, e não só para os consumidores, como também para as empresas e o próprio governo. Isso desestimula o consumo e ajuda a controlar os preços;
•Quando há espaço, a Selic diminui, o que estimula o consumo e ajuda a aquecer a economia;
Efeitos da Selic:
1. Impacto no crédito - A Selic é uma referência para o custo das linhas de crédito em geral. Quando ela é elevada, a tendência é de que empréstimos e financiamentos fiquem mais caros, ou seja, que bancos e outras instituições financeiras cobrem juros mais altos nessas operações. Já quando a Selic diminui, acontece o movimento contrário: os juros do crédito ficam mais baratos.
2. Impacto no consumo: Quando os empréstimos e financiamentos ficam mais caros, naturalmente o nível de consumo tende a diminuir, já que o custo dos produtos e serviços aumenta também. Por isso, a tendência é de que uma elevação da Selic cause uma redução das compras. Na situação oposta – quando a Selic cai – o consumo costuma aumentar.
3. Impacto nos investimentos - Uma elevação da Selic beneficia os investimentos de Renda Fixa, que oferecem uma remuneração baseada em juros. É o caso dos títulos públicos do governo federal, dos tradicionais CDBs emitidos pelos bancos, das letras de crédito, das debêntures, entre outras opções. Todos esses papéis tendem a ter uma rentabilidade maior em tempos de Selic em alta. Do mesmo jeito, quando a taxa é reduzida, o mesmo acontece com o retorno deles. • A taxa Selic “meta” é definida e anunciada pelo Comitê de Política Econômica (Copom), um órgão do Banco Central formado pelo seu presidente e por alguns diretores;
•O Copom se reúne a cada 45 dias para decidir que Selic “meta” vai vigorar no próximo mês e meio;
As reuniões seguem um calendário definido no ano anterior e, em geral, duram dois dias;
•De maneira geral, períodos em que a Selic está em alta costumam ser mais favoráveis para os investimentos de renda fixa do que as épocas em que a taxa está em queda.•A Selic alta “costuma” ser favorável à renda fixa por uma razão;
•Ela representa o retorno obtido com uma aplicação, descontada a inflação;•Suponhamos que a Selic está em 8% ao ano e a inflação a 5%, a rentabilidade real será de aproximadamente 3%;•Uma Selic mais baixa costuma impulsionar o consumo.•A Taxa Selic hoje está em 4,25% ao ano. Ela foi definida no dia 16 de junho de 2021 pelo Copom, que decidiu elevar em 0,75 p.p. Nos siga nas redes @andersonnascimento.01 e @rafa.brazao