Por Dr. Hernán de la Barra Irribarra (PhD)
O ser humano tem um momento de igualdade na morte, pois somos seres que estão cientes de que vamos morrer. Conseqüentemente, a grande dúvida existencial é que é um enigma pensar na chegada da morte e no que há depois de cruzar esse umbral. Então, o que é a morte?
Nossa sociedade ocidental é regida pelo método científico, portanto, para nossa análise, dispensaremos a espiritualidade, por enquanto.
A medicina legal considera que estamos mortos quando nosso corpo não apresenta atividade cerebral ou cardiorrespiratória, porém, nos perguntamos se isso é realmente o suficiente para definir a morte, um eletroencefalograma plano é suficiente?
Filósofos, psicólogos e cientistas estão atualmente falando sobre a alma; então surgem dúvidas. É verdade que envelhecemos e nossa parte física acaba e se desintegra, porém, sentimos em nossa vida que somos algo mais do que essa parte física; e é essa outra parte que diferentes culturas, filosofias e religiões têm chamado por nomes diferentes; aquele princípio vital que não pode ser submetido à sujeição das leis que regem a matéria e que, no fundo, é atemporal e quem sabe se talvez imortal; conseqüentemente a morte se torna um enigma onde a incerteza e o incrível se fundem; É a porta autêntica do mistério através do qual esperamos encontrar aquele suposto Deus de que falam as religiões, aquela força criadora infinita que é a fonte de todo o universo (GADU) que podemos prever mas não imaginar. Mas todos nós, sem exceção, quer acreditemos ou não que existe uma vida após a morte, esperamos intimamente que no momento da morte o mistério que existe após a morte nos seja revelado.