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Por Irmão Dário Baggieri

Amados irmãos, início este ensaio trazendo à baila uma crônica medieval, para ilustrar o desenvolvimento do pensamento sobre o tema em epígrafe.

Leonardo da Vinci afirmava que “a simplicidade é o último grau da sofisticação”. Perante um mundo cada vez mais complexo, as pessoas estão procurando mais simplicidade para a vida profissional e pessoal. Essa simplicidade é indispensável para percorrer com sucesso o intrincado caminho da vida. Estamos Contemplando uma inversão de valores e conceitos, onde a simplicidade de viver, está sendo confundida com o supérfluo e o simplório.

Um homem sábio, querendo manter sua mente desperta, passou a meditar sentado no tronco de uma árvore.

Assim, mantinha o esforço da mente correta.

Se adormecesse, cairia da árvore.

Um erudito, muito respeitado, com mais de 80 anos, foi interpelá-lo:

“O senhor é considerado um grande sábio, disse olhando pra cima.

Então me diga: o que é mais importante nesta vida?

Não fazer o mal, fazer o bem e fazer o bem a todos os seres: respondeu o sábio.

O homem então disse: grande coisa! até uma criança de 3 anos sabe disso.

E o sábio respondeu: mas nem mesmo um homem de 80 consegue pôr em prática.”

O mais importante nesta vida é não fazer o mal, fazer o bem e fazer o bem a todos os seres.

O homem culto, talvez esperasse ouvir do sábio uma ‘palestra’, citações de outros sábios ou de livros sagrados.

A frase simples e direta o surpreendeu.

A sabedoria da transformação procura nos conscientizar da importância de refletir sobre as nossas atitudes no dia a dia para que, fazendo o nosso melhor, possamos ser a transformação que desejamos ver no mundo. Ou seja, não ficarmos fechados em nós mesmos, mas perceber que ao cuidar de todos os seres, estamos cuidando também de nós.

E embora isso pareça algo simples, muitas vezes, em nosso dia a dia não conseguimos.

Buscar a paz interior e, consequentemente, a felicidade, é uma meta a ser conquistada.

O homem do saberes, diante da multiplicidade, “precipita-se sobre tudo o que é possível saber, na cega avidez de querer conhecer a qualquer preço.”

Mas o sábio está à procura das “coisas dignas de serem conhecidas”.

Imagine um bufê: sobre a mesa enorme da multiplicidade, uma infinidade de pratos.