Texto Érika Alfaro
As expedições cristãs que queriam expulsar os infiéis da região de Jerusalém
Perdão aos pecados, reconhecimento espiritual, um lugar garantido no céu: tudo o que um cristão pode desejar. Foi por causa dessas e outras promessas que diversas pessoas lutaram nas Cruzadas, expedições de caráter religioso e militar que aconteceram entre os séculos XI e XIV. Naquela época, eram chamadas de Guerra Santa ou Peregrinação, pois as tropas ocidentais foram enviadas à Terra Santa para submetê-la ao domínio cristão, uma vez que eram os muçulmanos quem ocupavam aquele território no período.
A ameaça
No século VII, o profeta Maomé fundou, no Oriente Médio, o Islamismo, religião também monoteísta que repercutiu muito entre os cristãos durante a expansão islâmica. No século XI, os exércitos muçulmanos haviam conquistado diversas regiões. “A reorganização e a unificação destes povos se deram a partir de Maomé e seus seguidores. O grande elemento catalisador desta nova cultura foi o ‘Islã’ com seu Corão. Dessa forma, a religião islâmica passou a ordenar a vida civil e religiosa desta sociedade não mais dividida e não mais separada. Tornando-se cada vez mais combatentes e conquistadores, varrem o Oriente Médio, o Norte da África até o estreito de Gibraltar”, afirma Wilson Santana Silva, teólogo e especialista em Ciências da Religião pela PUC-SP.
Assim como o Judaísmo e o Cristianismo, o Islamismo também tinha como sagrada a região de Jerusalém, na Palestina. Desta maneira, a principal instituição da Idade Média, a Igreja Católica, não deixaria suas terras sagradas, o Santo Sepulcro, nas mãos dos infiéis, como eram chamados os muçulmanos. Ou seja, as Cruzadas foram uma espécie de contra ofensiva do Catolicismo à expansão islâmica. “O surgimento das Cruzadas se deu para atender profundas inquietações e preocupações de príncipes e reis europeus diante do grande crescimento e da expansão do Islamismo”, salienta Wilson.
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