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Por Ir.∙. Sérgio Ferreira Barbosa
Escrito ao contrário fica: Tem Ohp Ab, revelaria a sentença iniciática: Templi Omniu Pacis Abbas, uma espécie de acróstico inverso de Baphomet, que significa: o pai do templo paz universal dos homens, também conhecido como o Bode de Mendes.
Muitas mitologias de vários cantos do Globo, falam sobre divindades com chifres, o chifres na tradição universal tem o significado de: eminência, elevação, simbolizando o poder, os chifres dos bois na antiguidade representavam a força e virilidade do animal.
Alexandre o Grande era retratado com chifres, simbolizando o seu poder, quando Moisés desceu do sinai, seu rosto lançava raios, tinha uma grande luz, na Bíblia na vulgata de São Jerônimo, Moisés era retratado com chifres, assim como na obra de Michelangelo, que até hoje está presente no Vaticano. Representando o chifre a dualidade, o bem e o mal.
Um bode humanoide com um par de seios, e uma tocha entre seus chifres, tem assombrado aos próprios membros da ordem, entendamos os seus simbolismos:
O pentagrama na testa, significa um símbolo de luz, a magia. O sinal que faz em suas mãos uma para cima e outra para baixo, representam o hermetismo, a de cima com a inscrição de solve, que significa separar, e a de baixo com a expressão escrita: coagula, que significa unir, tem referência direta a alquimia, ou seja a reação química de cada elemento, e a preparação desses pelos alquimistas.
Uma mão aponta para uma lua branca, e a outra para uma lua negra, essa alegoria mostra a perfeita harmonia entre o bem e o mal, o equilíbrio cósmico, todos temos o bem e o mal dentro de nós, em nosso positivo, somos as pessoas de bem, cumpridores de nossos deveres, em nosso estado negativo, podemos matar em defesa de nossa família.
Um de seus braços é de uma fêmea, e o outro é de um macho, que remete a um ser andrógino, a chama entre seus chifres, é a chama da inteligência, simbolizando a luz mágica do equilíbrio universal, a harmonia da dualidade, representando os polos positivos e negativos, aonde todo homem tem o bem e o mal dentro de si.
A chama também representa, a alma elevada acima da matéria, a horrenda cabeça do bode simboliza o horror do pecador, tendo que suportar as consequências do pecado.
A vara de pé no lugar dos genitais, simboliza a vida eterna, o corpo coberto por escamas, simboliza a água. O semicírculo logo acima simboliza a atmosfera, e as penas logo acima representam a volatilidade, os dois seios representam a humanidade, a maternidade e a fertilidade.
Na representação feita por Éliphas Lévi, Baphomet representa a combinação dos processos alquímicos, forças opostas para criar a luz astral.
Entendendo que a esfinge de Baphomet, simboliza um personagem andrógeno, com características de ambos os sexos, sendo o falo de Baphomet, o caduceu de Hermes que é uma vara com duas serpentes se entrelaçando, representando este o símbolo do hermetismo.
Sendo o próprio caduceu, representado esotericamente pela coluna vertebral, na ativação dos chakras, levando para a glândula pineal, usando o poder serpentino ou luz astral.
A grosso modo a esfinge de Baphomet significa os 4 elementos, a tocha em sua cabeça representa o elemento fogo, as escamas em seu corpo representam o elemento água, suas asas representam o elemento ar, e as patas do bode representam o elemento terra. A posição de seus braços representam o axioma Hermético que diz:
"O que está em cima é como o que está embaixo. O que está dentro é como o que está fora."
A associação do bode de Baphomet com a maçonaria, veio logo após a publicação do livro: Dogma e Ritual da Alta Magia, por conta de Eliphas Levi ser maçom. O bode causa arrepios no profano, por este não ter o conhecimento dos iniciados.
A má fama do bode, se espalhou depois do lançamento do livro, o jornalista francês chamado Leo Taxil, fez vários folhetos, artigos aonde denunciava a maçonaria por práticas satanistas, e alegando que seus adeptos adoravam o bode.
Notem o mal entendimento de um profano, o