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Texto Gabriele Alves – Fonte: História em Foco

Com uma origem repleta de questionamentos, a sociedade se mantém firme por todo o mundo – e não tão secreta assim.

Não conseguimos apontar com exatidão a época em que o movimento Rosacruz surgiu, mas quando suas bases começaram a aparecer, eram caracterizadas por um misto de campos religiosos e do saber. Sempre estiveram em busca da sabedoria (a iluminação), ainda que por meio do mistério. E isso instiga pesquisadores e historiadores por toda parte. O Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas divulgou uma entrevista com o mestre Charles Vega Parucker, na qual ele esclarece que “a Ordem Rosacruz (AMORC) é uma fraternidade místico-filosófica e cultural, formada por homens e mulheres dedicados à busca das mais sublimes verdades universais. Tem por objetivo despertar e desenvolver no ser humano o seu potencial interior para uma vida equilibrada, de acordo com as leis da natureza e do universo”, escreve. Mas, afinal, como ela surgiu.

O fundador de tempos e tempos atrás

Um nome emblemático das origens da Rosacruz é Christian Rosenkreuz, cuja semelhança entre o som de seu nome e o da sociedade revela que ele influenciou de alguma forma a existência da organização. Christian nasceu na Alemanha e, apesar da limitação de posses de sua família, sempre teve uma educação sólida.

Acompanhado de monges na adolescência, viajou pelo mundo visitando lugares como Egito e Marrocos e teve contato com os conceitos das artes ocultas. Ao retornar para a Alemanha, ele fundou A Fraternidade Rosacruz em que se baseou, inclusive, no ocultismo, prática que está relacionada ao conhecimento daquilo que é oculto socialmente, o saber daquilo que é paranormal, por exemplo. Ainda, abriu a Casa do Espírito Santo ao lado de oito monges. Era um início. Christian Rosenkreuz morreu com 106 anos, em 1484.

Destaque no século XVII

O nome completo da sociedade Rosacruz é Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis, cuja sigla é AMORC. A partir do século XVII, ela ganhou mais destaque principalmente pelo contexto da época, já que a Europa passava por uma crise política marcada por confrontos também de cunho econômico como: as guerras em nome da religião, a situação miserável de fome e pobreza e a transformação da ciência que, cada vez mais, adquiria uma orientação materialista. Nessa época, a Rosacruz publicou três manifestos.

1. Manifesto Fama Fraternitatis

Destinado aos líderes políticos religiosos e também aos cientistas. Era um manifesto que fazia um apelo universal para a situação instável da Europa. Revelou também a história de Christian Rosenkreuz desde sua viagem ao redor do mundo até a descoberta de seu túmulo.

2. Manifesto Confessio Fraternitatis

Esse foi o complemento do primeiro manifesto que, além de reforçar a ideia reformista, indicou que a Rosacruz tinha uma ciência filosófica para modificar a instabilidade que pretendia. O texto desse manifesto tinha um aspecto profético e foi questionado por muitos estudiosos da época.

3. Manifesto O Casamento Alquímico de Christian Rosenkreuz

Diferente dos outros manifestos, o terceiro apresentou a história de uma viagem que tinha por finalidade representar a busca pela iluminação. O simbolismo ali presente pretendia descrever como deveria ser a jornada daqueles que queriam ser iniciados na Rosacruz ao consumarem a união entre sua alma e Deus.