Os traumas de um país perpassam gerações. O horror e a barbárie da guerra ou envergonham ou servem de símbolo pernicioso que unifica os povos. Enquanto os vencedores colhem os espólios, os derrotados que não apodrecem no solo, terão de se reerguer e construir uma nova realidade. Com novos sentidos, com novos significados.
“Akira” do mestre Katsuhiro Otomo ecoa traumas, mas também elabora importantes mensagens sobre como os sobreviventes dos holocaustos devem lidar com o mundo. Construir saídas? Ou sucumbir a espiral viciada e violenta? Seguir uma jornada de redenção e esperança ou seguir um nacionalismo irracional e belicoso? Lançado em 1988 o anime continua atual em suas mensagens e questionamentos.
Me acompanha nessa conversa, meu amigo Thiago Cutovoi, ilustrador, designer e entusiasta da cultura japonesa.
Boa audição!
30/abril/2021