Vejam o que podem as pequenas prosinhas.
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O argumento do desalento é que ele mata há mais tempo. /Ora, é claro que o cigarro e o carro ficaram muito bravos!
Antigamente as guerras acabavam. / O fim das guerras era comemorado com grande entusiasmo. / Agora elas apenas continuam.
Um dia o pequeno inseto disse para o sr. Rato: / — Se ficarmos sob o mesmo teto / eu te mato.
Entre muitos inimigos, o tímido se salvou porque não / conseguiu fazer amizade.
Não é para chamar as putas de putas. / Tem que dizer: as meninas.
Diz o chefe à sua gangue: / — Não se faz um império sem sangue.
O que não tem jeito a gente aceita, / mas também não é bom achar bom.
— Tem coisa que não se começa: / briga, vício, promessa.
Quem não achar a saída será premiado com um encontro a sós consigo mesmo.
Agora que o monstro foi domado, tem que sonhar outro / assunto pra ter medo.
Se fosse água corria para longe do dilúvio.
Um imóvel sem janelas para quem não gosta do lado de fora.
Sem mobília mas com ar-condicionado. É para não / fazer nada mesmo. É para ficar lá e pronto.
Há mais de uma resposta pronto para tudo. / — Por quê? / Porque sim! / ou: — Por que não?
O que eles juntos acham bom / é pior do que o que você acha mais ou menos.
Se alguém quiser falar, vamos escutar. Mas não vamos responder nada.
O ursinho Antonio não vai ganhar bolo, pois ficou / o tempo todo comendo ovo.