Aqui, Chacal chega a uma conclusão bastante brasileira ao fazer um exame de sua vida vida de poeta.
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sempre deixei as barbas de molho/
porque barbeiro nenhum me ensinou/
como manejar o fio da navalha
sempre tive a pulga atrás da orelha/
porque nenhum otorrino me disse/
como se fala aos ouvidos das pessoas
sou um cara grilado/
um péssimo marido/
nove anos de poesia/
me renderam apenas/
um circo de pulgas/
e as barbas mais límpidas da turquia.