Neste singelo poema acompanhamos o eu-lírico em suas várias descobertas de um só tempo.
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O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:/
— Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com sua cara./
A moça olhou de lado e esperou./
— Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta listrada?/
A moça se lembrava:/
— A gente fica olhando.../
A meninice brincou de novo nos olhos dela./
O rapaz prosseguiu com muita doçura:/
— Antônia, você parece uma lagarta listrada./
A moça arregalou os olhos, fez exclamações./
O rapaz concluiu:/
— Antônia, você é engraçada! Você parece louca.