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Description

Neste singelo poema acompanhamos o eu-lírico em suas várias descobertas de um só tempo.

***

O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:/

— Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com sua cara./

A moça olhou de lado e esperou./

— Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta listrada?/

A moça se lembrava:/

— A gente fica olhando.../

A meninice brincou de novo nos olhos dela./

O rapaz prosseguiu com muita doçura:/

— Antônia, você parece uma lagarta listrada./

A moça arregalou os olhos, fez exclamações./

O rapaz concluiu:/

— Antônia, você é engraçada! Você parece louca.