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Description

Esse poema de autorretrato de Solano Trindade carrega em si uma marca de identidade muito forte, para além da superfície do texto. Vejam.
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Quando eu nasci,
Meu pai batia sola,
Minha mana pisava milho no pilão,
Para o angu das manhãs…
Portanto eu venho da massa,
Eu sou um trabalhador…
.
Ouvi o ritmo das máquinas,
E o borbulhar das caldeiras…
Obedeci ao chamado das sirenes…
Morei num mucambo do ”Bode”,
E hoje moro num barraco na Saúde…
.
Não mudei nada…