E o maior representante, hoje, do PSDB em Alagoas, continua gastando o salto dos sapatos.
O senador Rodrigo Cunha tem visto de perto que pecou bastante em ter se ausentado de Alagoas nos últimos anos, contrariando o que ele mesmo propôs em sua última campanha, quando “vendeu” que seria um “político diferente” e que estaria sempre junto do povo.
Fenômeno nas eleições de 2018, quando foi eleito com 895.738 votos, derrotando Benedito de Lira, que tentava sua reeleição e ficando bem à frente de Renan Calheiros, o arapiraquense Rodrigo Cunha é visto agora como o “mesmo dos mesmos”. Ágil em replicar seu nome nas redes sociais, que já o ajudou vencer outras eleições, principalmente com o eleitorado jovem, Cunha agora é criticado por sua cosmovisão de ver o povo.
Pesquisas encomendadas, que nem sempre são honestas, mostram que está difícil para o senador reconquistar parte de seu exigente eleitorado. E não é pra menos. Em muitos aspectos, fica-se com a impressão de que o eleitor está diante de um militante da causa e essa militância, consciente ou não, está gravada no que produz.
Rodrigo se aliou a candidatos inexpressíveis na eleição do ano passado e o resultado para o partido, pelo menos aqui no Sertão, foi pífio. É um político que gasta bastante dinheiro em comunicação a fim de que sejam divulgados o que ele gosta de ouvir, que de pouco são uteis para os assalariados, para a dona de casa que é capaz de enfartar com os preços – sempre aumentando – do pouco que compra para alimentar ela e os filhos, do servidor público que recebe um salário mínimo, da criança que vai à escola para comer biscoito mofado com k-suco ou água, enfim, para os milhares de alagoanos pobres e desempregados sem perspectivas.