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📌 Esdras Vai a Jerusalém Ensinar a Palavra

O ensino da Palavra de Deus é essencial. Através do ensino da Palavra o povo toma conhecimento da vontade de Deus e isso gera temor, quebrantamento e devoção. Um dos exemplos bíblicos mais práticos a respeito da importância do ensino da Escritura é aquele que registra o episódio em que Esdras vai a Jerusalém ensinar a Palavra do Senhor ao povo.

Esdras vai a Jerusalém
Esdras subiu da Babilônia a Jerusalém cerca de 80 anos após o primeiro grupo de exilados ter subido pelo decreto do rei Ciro entre 539 e 538 a.C. Isso significa que provavelmente Esdras nem mesmo era nascido naquele tempo. Ele nasceu e cresceu na Babilônia. Mas Esdras era de família sacerdotal, e foi educado na Lei do Senhor. Esdras era alguém que havia sido capacitado a ensinar a Palavra de Deus ao povo.

O texto bíblico também diz que “a boa mão do Senhor” estava sobre Esdras. Deus o havia comissionado e preparou tudo para que Esdras pudesse desempenhar sua missão. O rei da Pérsia, Artaxerxes, concedeu tudo o que Esdras lhe pediu. Inclusive, o rei da Pérsia colocou o tesouro do Império à disposição de Esdras.

Esdras não foi a Jerusalém ensinar a Palavra de Deus sozinho. Um grupo de exilados também subiu juntamente com ele. Esdras também carregou uma carta do próprio Artaxerxes explicando o seu decreto com relação a autorização do retorno e os trabalhos de revitalização da adoração ao Senhor em Jerusalém.

Esdras recebeu autoridade tanto em relação a parte administrativa de Judá, quanto em relação a parte eclesiástica. Ele tinha autoridade para administrar e para ensinar a Palavra de Deus. Além disso, o ensino da Lei de Deus foi uma exigência no decreto de Artaxerxes. Nesse sentido, em sua carta o rei da Pérsia escreveu: “Tu, Esdras, segundo a sabedoria do teu Deus, que possuis, nomeia magistrados e juízes que julguem o povo que está dalém do Eufrates, a todos os que sabem as leis de teu Deus, e ao que não as sabe, que lhas façam saber” (Esdras 7:25).

Alguém pode questionar: Como um rei pagão determinou todas essas coisas? O texto bíblico não deixa qualquer dúvida sobre isso. Artaxerxes decretou tudo isso porque o Senhor “moveu o coração do rei” (Esdras 7:27). Tudo aconteceu pela ação soberana de Deus. O próprio Esdras declara que a providência divina lhe foi uma fonte de encorajamento (Esdras 7:28).

Esdras ensina a Palavra do Senhor ao povo
Quando Esdras já estava em Jerusalém, a Bíblia diz que todo o povo se juntou como “um só homem” e pediu que Esdras trouxesse “o Livro da Lei de Moisés, que o Senhor tinha prescrito a Israel” (Neemias 8:1).

Preparam para Esdras um púlpito de madeira e ali ele leu a Palavra do Senhor diante de todo o povo, desde a alva até ao meio-dia. O resultado disso foi extraordinário e aqui podemos destacar alguns pontos principais.

Houve desejo de ouvir o ensino da Palavra
Em primeiro lugar, o povo se reuniu espontaneamente para ouvir a Palavra do Senhor. Todos estavam presentes, ou seja, ninguém que tinha capacidade de entendimento ficou de fora. O povo de Deus deve ser caracterizado pelo desejo do conhecimento da Palavra.

O ensino da Palavra jamais pode ser visto pelo crente como uma imposição, mas como um motivo de deleite. A declaração do salmista deve ser também a declaração de todos os servos do Senhor: “Oh! Quanto amo a tua Lei! É a minha meditação em todo o dia” (Salmo 119:97).

Ensinar a Palavra implica em explicá-la
Em segundo lugar, Esdras não apenas leu a Palavra do Senhor, mas a explicou, “de maneira que entendessem o que se lia” (Neemias 8:8). Em outras palavras, Esdras fez literalmente uma pregação expositiva.

Esdras fez a exegese da Palavra de Deus diante do povo. Ele não colocou no texto suas próprias opiniões, mas extraiu do texto o que estava no texto. O povo de Deus é confrontado, purificado, fortalecido, encorajado pela Palavra do Senhor; não pela palavra do pregador.