Na disputa de segundo turno mais acirrada desde a redemocratização, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente do Brasil pela terceira vez. Com 50,90% dos votos válidos, a diferença entre Lula e o oponente, Jair Bolsonaro (PL), era de pouco mais de 2 milhões de votos, que registrou 49,10% dos votos.
"Foi no voto a voto", afirma Joel Pinheiro da Fonseca, mestre em filosofia pela USP. Em entrevista ao "8 em Ponto", o especialista destacou que "o Lula só venceu graças à estratégia dele de trazer mais pessoas para a sua frente ampla".
Para o Governo do Estado de São Paulo, o vencedor foi o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, com 55,27%; contra Fernando Haddad, do PT, com 47,53%. Em seu discurso da vitória, o governador eleito, inclusive, já acenou para Lula afirmando que “quer esquecer as diferenças e olhar para os interesses de São Paulo”.
Neste contexto, Fonseca avalia: "Tarcísio nunca foi um bolsonarista raiz", lembrando que o ex-ministro também trabalhou no governo Dilma, como como diretor executivo e diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Segundo o mestre em filosofia, o Estado de São Paulo deve manter o status de “contraponto” ao Governo Federal.
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