A operadora de saúde Prevent Senior, alvo da CPI da Covid pela acusação do uso de medicamentos sem comprovação cientifica, o chamado kit covid, agora também está envolvida em irregularidades dos seus hospitais em São Paulo. Sete de suas 13 unidades funcionam sem a licença necessária emitida pela prefeitura da capital paulista. O assessor jurídico do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Matheus Falcão, participou do Oito em Ponto desta quarta-feira (06) para explicar o caso.
Com relação ao kit covid, o assessor jurídico ressaltou o direito da autonomia do médico para exercer sua função de forma livre, desde que evidencie provas científicas que demonstrem a eficácia e segurança do tratamento sugerido e informe ao consumidor o máximo de detalhes possível.
“Existe a liberdade de um médico para receitar um tratamento fora da bula, porém temos a situação de uma operadora informando medicamentos não eficazes que violam as infrações médicas”, afirma Falcão se referindo a investigação envolvendo a Prevent Senior.
Sobre os casos de pessoas que receberam o tratamento precoce sem consentimento, Falcão diz que o usuário que contrata a operadora de saúde tem direito ao acesso do seu prontuário como também dos seus familiares e pode ser solicitado pela empresa contratada.
O programa "Oito em Ponto", com apresentação de Sergei Cobra, vai ao ar pelo 103.3 FM, de segunda à sexta-feira, às 8h da manhã, na Cultura FM, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.