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Sonhar uma educação que respeite as diferenças, as histórias de cada individuo, que seja afetuosa e possibilite que os processos educativos sejam espaços de construção de autonomia parece um sonho distante nesta sociedade pautada pelo desenvolvimento extrativista. Por outro lado, retomando as práticas de Paulo Freire e aliado às práticas tradicionais trazidas pelos movimentos populares pesqueiros, o Projeto Redes pretende construir junto com as comunidades um projeto de educação socioambiental crítica e geradora de autonomia.

Para acompanhar a criação desta rede de ensino e aprendizagem, apresentamos a série “A Rede que ensina”, com relatos dos educadores populares do projeto redes. Nesta temporada vamos ouvir os educadores populares:  Jadson do Santos, liderança da Praia do Sono (Paraty - RJ),  Ana Lucia Correia (Angra dos Reis-RJ)  e Patricia da Silva Santos (Ubatuba - SP)  sobre como a educação popular pode auxiliar os caminhos de autonomia política e proteção do território e comunidades praticantes da pesca artesanal na região.

O Projeto Redes é fruto de uma parceria com a Fiotec/Fiocruz por meio do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS), do Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Resultado de uma condicionante exigida à Petrobras pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, o Projeto Redes é uma política pública conquistada por comunidades tradicionais pesqueiras impactadas por empreendimentos de petróleo e gás natural no litoral norte de São Paulo e no litoral sul do Rio de Janeiro.