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Já viu o meme "Não adianta ser doutor e não dar bom dia para o porteiro?" Pois é! É para tratar dos "Homens invisíveis" que eu chamo hoje o relato do pesquisador Fernando Braga da Costa para o nosso Café com linguagens. Após integrar anonimamente o grupo de garis que trabalhava na Cidade Universitária da USP por quase dez anos, o pesquisador disse "Os garis abriram meus olhos." Depois dessa experiência, além de dar voz a essa classe simbolizada no verso As soon as you're born they make you feel small, Fernando parece ter aberto uma porta por onde passa muita luz, para que possamos abordar esse tipo de tema em qualquer âmbito. Sou muito grata a ele por ter trazido a público essa experiência, pois já me serviu inúmeras vezes, desde 2004 (lá se vão mais de 15 anos) para falar com, para e por outros. É um jeito de dar voz e se sentir ouvido. Coisa boa, coisa fina a gente poder se lembrar de que, no fim de contas, o que sobra é o jeito como a gente se trata, como estende o olhar e a mão em direção aos outros, sejam eles quem forem. Venha tomar esse café comigo, não importa de onde você fale nem se é na xícara, na caneca ou na lata. Só venha!